terça-feira, 19 de setembro de 2017

Nicarágua

A história desse final de semana foi na Nicarágua. Como a viagem é mais longa e mais chata, por ter que cruzar fronteira, aproveitamos o feriado de independência da Costa Rica e fechamos um pacote. Nos custou menos de $200 por cabeça, incluindo duas noites num hotel 5 estrelas com café da manhã, passeios com guia e o transporte. 

São 4h até a fronteira e depois quase 3h até o hotel, em Manágua. Mas, o pior foram as 6 horas de espera/fila na fronteira. Acho que estava caótico por causa do feriado. Bom, dessa vez foi a Nicarágua que teve que me compensar. No final das contas, não só fez valer a pena, como me deixou apaixonada. Eu realmente não imaginava nada sobre a Nicarágua e não tinha grandes expectativas. Me encantei. Pudemos conhecer Manágua, que é a capital, Granada, o vulcão Masaya e a praia de San Juan Del Sur. É tudo muito colorido, simples, colonial e encantador.

A comida da Nica é parecida com a da Costa Rica. É impressionante como a mandioca aparece em quase todos os pratos. Os principais ingredientes da culinária são milho, arroz, feijão, tomate, banana, entre outros. Eu experimentei o Vigorón e o Vaho (ou Bago). Vigorón é servido em uma folha de banana com mandioca cozida, grelhados e uma salada de repolho e tomate. Já o Vaho é a combinação de uma carne bovina, mandioca e o plátano (banana da Terra). No café da manhã, o Gallo Pinto (arroz, feijão e ovos), super típico na Costa Rica, aparece na Nicarágua também.

A viagem foi incrível. Claro que a companhia fez toda a diferença. Aproveitamos tudo ao máximo, mesmo completamente derrotados ou cansados. Curtimos muito o hotel e, para aguentar o calor extremo, tomamos muitas Toñas, que é a cerveja local daqui. Vale dizer que é tudo bem barato, principalmente se comparado com a Costa Rica. Na maioria das vezes, pagamos 1 dólar pela Toña. Córdoba é a moeda nacional da Nicarágua, em que 1 dólar equivale a, aproximadamente, 30 córdobas. 

Olha, na boa, que delícia foi conhecer a Nica. Espero que um dia vocês possam conhecer também, mas de avião. 


Na polêmica fronteira

Vago 


Vulcão Masaya
   
Masaya (Reserva Natural Laguna de Apoyo)

Playa San Juan del Sur

Granada

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Falando espanhol

Bom, a verdade é que o brasileiro já tem uma facilidade para entender espanhol. Acho até que mais facilidade do que o espanhol tem para entender português. Mas a questão é que, logo quando cheguei, não entendia quase nada. Tanto que uma colega da casa me perguntou o que eu tinha almoçado e eu respondi: papel higiênico.

Quando fiquei sabendo que tinha uma alemã na casa, pensei: "Ufa, uma pessoa para dividir a dificuldade comigo". Equívoco total. A menina morou na Argentina e fala espanhol como uma nativa. Na casa, todos falam espanhol. Até porque, todos vêm de países cuja língua é o espanhol (Espanha, Porto Rico, Mexico). No começo eu realmente boiava, na maior parte do tempo. Mas agora, depois de quase 20 dias, eu já falo até gírias. Consigo entender minhas aulas, que eram a minha maior preocupação. 

Tem também os "falsos amigos", ou seja, palavras com grafia ou pronúncia parecidas, mas que na realidade possuem significados diferentes (só pra me confundir). Ah, e também tem o fato de conviver com nacionalidades diferentes que falam em espanhol. Conclusão: mais variações e confusões.

No entanto, é bizarro o quanto o cérebro vai se acostumando. Ás vezes até me pego pensando em espanhol. Claro que ainda cometo umas gafes, né? Exemplo: Eles me ensinaram que pipa era água de coco. Ok. Cheguei na lojinha da universidade e pedi uma pipa. Conclusão: pipa é o coco em si, a fruta. Claro que não teria um coco na universidade. Motivo de piada, é claro. 

Tem muita gente me perguntando como são as comidas daqui. Acho que isso vale um post só. Mas neste, me reservo aos enganos e glórias da língua. É incrível o quanto eles acham lindo o português do Brasil. Adoram quando falo em português, principalmente as gírias, os palavrões, minhas piadas. Alguns têm mais facilidade em entender. Outros nem tanto. Gostam até quando dou aulas de português. 

Olha, na boa, cada dia que passa, essa experiência se torna mais enriquecedora. Sem palavras.





terça-feira, 5 de setembro de 2017

Santa Teresa

Depois de três ônibus e uma balsa, sendo somente um deles com ar condicionado e um total de 8 horas, chegamos em Santa Teresa, um vilarejo no litoral do pacífico, localizado no sul da Península Nicoya. De carro são 5 horas de viagem, mas eu e minha amiga tivemos que encontrar o resto da galera que já estava lá. Não me entenda mal: foi puxado para chegar, mas essa Costa Rica, mais uma vez, me recompensou.

Ficamos num hostel delícia que se chama Dos Monos. Pagamos $10 por duas noite, com café da manhã e conforto. Tudo em Santa Teresa é uma delícia, por sinal. Todos os pequenos restaurantes que fomos eram incríveis, super praianos e com uma boa comida. É cheio de surfistas, locais, pequenos comércios e, mais uma vez, vida sossegada. Fomos em baixa temporada, então nada de muito agito. A não ser o bar que fomos no sábado a noite. O tema era "Festa Latina", ou seja, dançamos bastante, e com o pé na areia. O Raggaeton é bem forte por aqui. Sorte a minha. Me acabei de dançar, até que fui surpreendida pelo velho e famoso "Ai, se eu te pego". Que noite, Ticos.

Pra quem não sabe, o Reggaeton é um estilo musical que tem suas raízes na música latina e caribenha. Seu som deriva do reggae em espanhol do Panamá, influenciado pelo Hip Hop, salsa e música eletrônica. Se popularizou em Porto Rico e se espalhou pelo mundo. Em qualquer lugar que você vá, lá está ele.

Santa Teresa, no final das contas, me encantou demais. É ótimo para surfar, para relaxar, comer bem, curtir a natureza. Não precisa de guarda-sol, pois você pode aproveitar as sombras das árvores. Não tem vendedores ambulantes. Não tem violência ou sujeira. Como nas outras praias que estive, a preservação é algo realmente importante e levado à sério. Pura vida de novo.

Olha, na boa, agora é programar o próximo final de semana. Não me canso dessa Costa Rica.



                                        

                           

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

San José


Diferente de como muitos estão pensando, eu não moro na praia. Como quem acorda e vai correr na areia, de frente para o mar. Eu estou morando em San José, a capital e maior cidade da Costa Rica. San José fica bem no meio do mapa. Tudo bem que a vibe é relativamente praiana até na cidade grande, mas para ir pra praia, tenho que viajar. 

Como ainda não começaram minhas aulas na faculdade, fui até o centro de San José, fazer o Free Walking Tour, uma caminhada gratuita, com guia. Bem legal. A cidade é bem perto do bairro que eu moro (San Pedro) e é bem pequena, principalmente pra quem veio de São Paulo. A caminhada durou, no máximo, 3 horas. Tem o Teatro Municipal, o Mercado Central, Museu Nacional da Costa Ricac, uma pequena Chinatown, o Banco Central, pessoas apressadas, comércio, lojas e prédio comerciais. E como são sempre muito fofos, Chepe é o apelido carinhoso que deram à cidade.

A Costa Rica é o lar de 4 milhões de "Ticos" e "Ticas". Essa é a forma como, popularmente, se chamam os costarriquenses. O território foi descoberto em 1502, por Cristóvão Colombo e, impressionado com a beleza da terra, batizou de "Costa Rica". Em 1838, a Costa Rica foi declarada independente. Foi neste momento que a produção de café decolou, gerando um importante papel econômico. 

A verdade é que, se você procura por arte, museus, galerias e peças de teatro, não tenha a Costa Rica como preferência. Aqui, o que vale é a beleza natural. O que vale é aprender sobre simplicidade e tranquilidade. Vou repetir: pura vida. Não me canso dela.

Olha, na boa... Obrigada, Colombo. Porque essa Costa é mesmo Rica.




                           


                            

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Cahuita


Pronto. Agora posso começar a falar da Costa Rica. Não porque tenho 5 dias no país. Não. Mas porque fui para a praia. Acordei às 4h40 da manhã e fui com meus colegas de casa para Cahuita, uma cidade praiana que é o lar de cerca de 4.000 habitantes (principalmente de ascendência jamaicana) e sucesso entre os jovens e espíritos livres que buscam uma pura vida por alguns dias.

Pegamos um ônibus em San José, cuja passagem custou 5.000 cólones (~8 dólares) e levou 4 horas de viagem. O hostel em Cahuita, para uma noite, custou quase a mesma coisa, cerca de R$30,00 a cabeça. O hostel chama Cabinas y Soda Sol y Mar. 

Cahuita é a porta de entrada para o Parque Nacional Cahuita. Lá, a preservação da natureza é forte e conta com muita fauna e flora. E, como todos os lugares que pude ver até agora, o vilarejo é muito simples. Tem alguns restaurantes pequenos e simpáticos e, de noite, pudemos apreciar um show de salsa. Tudo muito humilde e com aquela pegada do Caribe. 


Pura vida, pra quem não sabe, é uma expressão muito usada aqui e, muitas vezes, serve até como saudação. Aliás, é mais do que isso. Pura Vida é um estilo de vida. A "Pura Vida" simboliza para os costa-riquenhos a simplicidade da boa vida, o apego à humildade, associada com satisfação, alegria e bem-estar. É a arte de apreciar o simples e o natural com felicidade e otimismo.  



Olha, na boa, nesse final de semana, pude viver a Pura Vida. E gostei, viu?!






        


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

¡Hola, ticos!


Estou no segundo dia de Costa Rica. Minha casa é bem perto da minha faculdade e ambos ficam no bairro San Pedro, em San Jose (capital do país). É uma casa com quartos e "habitaciones", totalizando 9. Os quartos são só quartos, que dividem a mesma cozinha e dois banheiros disponíveis. As habitaciones são como kitinetes. A casa é bem linda e bem equipada. A rua é bem sossegada.




Ontem eu estava bem cansada, por causa do voo e tudo mais, e acabei não fazendo nada. Só fui ao mercado do lado de casa para comprar algumas coisas básicas e numa loja de ferramentas para comprar um adaptador de tomada.


A moeda local é o cólon costa-riquenho. R$ 1,00 é equivalente a 182.19 cólones. Os preços são muito parecidos com os de São Paulo, na verdade. O engraçado é pagar 10.000 cólones por poucas coisas: papel higiênico, salada, uma lata de atum, um azeite, um cacho de bananas e ovos. No final, a conta saiu por volta de R$60,00.


Para quem gosta e não vive sem cerveja, como eu, a mais famosa por aqui é a Imperial. Nesse mercado custava 700 cólones 350 ml, ou seja, R$3,84. Já o barril de Heineken estava R$87,82, sendo que no Pão de Açúcar é R$ 71,90. Portando, vamos de Imperial. Depois digo o que achei.



 




Olha, na boa, eu tenho muita coisa pra contar e dividir aqui, mas por enquanto é só. Hasta luego.



terça-feira, 22 de agosto de 2017

Costa Rica

Hoje, 23 de Agosto, embarco com destino à Costa Rica.
Você, caro leitor,  como a grande maioria das pessoas, deve estar se perguntando o que eu vou fazer lá. A minha faculdade, Anhembi Morumbi, oferece a possibilidade de frequentar um semestre fora, em uma universidade parceira de outro país. Eu, diferentona que sou, escolhi a Costa Rica. Além de ser um lindo país, que se fala espanhol, não é caro como seria na Europa, é desconhecido para mim e caminha para ser o primeiro país “carbon free”, ou seja, que não emite mais carbono do que é capaz de neutralizar com suas florestas e políticas ambientais. Ao todo são 35 parques nacionais e 8 reservas biológicas. É um país realmente verde.

Num estreito banhado pelo Caribe de um lado e pelo Pacífico do outro, a Costa Rica não tem exército desde 1948. Há 65 anos, o país aboliu as suas forças armadas e substituiu as bases militares por escolas (deve ser por isso que 96% da população é alfabetizada). Porto Rico, quer dizer, a Costa Rica, tem uma expressão muito conhecida: PURA VIDA. Conto melhor no próximo post. 

O papo tá bom, mas eu vim aqui pra falar sobre outra coisa. Como vou ficar 4 meses fora, quis muito aproveitar meu tempo de ócio e de espera da melhor forma possível. Fiquei perto de quem faço questão, comi tudo que amo e curti a minha casa. Nunca usei tanto, e tão bem, o meu tempo.

Olha, na boa, aproveita a vida hoje. Viva sempre como se fosse uma véspera de intercâmbio. O sentimento é o mesmo que se sente quando estamos na fila de uma montanha russa: O medo que eu estou sentindo é por minha causa. Mas vai ser bom. E a vida está sendo vivida. Na pele.

Se quiser, viva essa experiência comigo. Aqui.